MANIFESTAÇÃO JUNTO AO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
A concentração realizada nesta quinta-feira (dia 20), em Lisboa, reuniu dezenas de trabalhadores, dirigentes e activistas sindicais do Grupo Águas de Portugal (AdP) – aos quais se juntaram a secretária-geral da CGTP-IN (Isabel Camarinha) e trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda –, e foi convocada pelo STAL e pela FIEQUIMETAL para protestar contra a intromissão do Governo no processo negocial em curso na empresa e para reivindicar aumentos salariais.
A acção de protesto foi antecedida de uma reunião com o secretário de Estado do Tesouro para esclarecer o que a administração da AdP alegou na reunião tida com o STAL e a FIEQUIMETAL no dia 17: que não podia ir além dos 0,9% de actualização salarial por imposição do Governo, que ainda a condiciona à assinatura, por parte dos sindicatos, de uma alteração ao ACT em vigor.
Além do aumento de salários e da atribuição do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco, as duas estruturas sindicais da CGTP-IN exigem a valorizar dos trabalhadores do grupo AdP tal com consta do Caderno Reivindicativo apresentado ao Conselho de Administração (CA) da empresa em Janeiro de 2020, e que continua sem qualquer resposta, designadamente a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais; um novo regime de carreiras e categorias profissionais; a atribuição de um subsídio de risco extraordinário, no quadro de surto epidémico; a estabilidade do emprego e a contratação de mais trabalhadores; a aplicação do AE da EPAL a todos os seus trabalhadores; a melhoria e o respeito pelas normas de SST; bem como a defesa da gestão pública do sector das águas em prol de um serviço público de qualidade.
Para esta segunda-feira (dia 24) está agendada nova reunião entre o CA da AdP e o STAL e a FIEQUIMETAL, para discutir estas e outras matérias, em defesa da valorização dos trabalhadores.