LUTA PELA VALORIZAÇÃO E REFORÇO DO SNS
Cerca de duas centenas de delegados, dirigentes e activistas sindicais – entre os quais do STAL – concentraram-se esta manhã (sexta, 13) em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir a alteração das políticas que promovem a destruição do Serviço Nacional de Saúde, prosseguidas pelos governos do PS e PSD/CDS.
Neste protesto promovido pela Frente Comum, o seu coordenador (Sebastião Santana) reafirmou “a necessidade urgente de investir no Serviço Nacional de Saúde [SNS]", frisando que "a saúde é um direito e não um negócio" e que a política do governo PSD/CDS “não garante o reforço dos meios humanos, materiais e financeiros do SNS”, desviando, antes, recursos para o privado: “apesar de toda a propaganda, este Governo manteve o Orçamento do Estado que havia para a Saúde, que contempla 50% do seu orçamento para o sector privado.”
O dirigente sindical defendeu, ainda, que “a maneira mais digna de se comemorarem” os 45 anos do SNS “é a luta, dado o ataque que tem vindo a sofrer ao longo das últimas décadas e de uma forma muito especial e muito aguda nestes últimos meses”, sublinhando que o governo PSD/CDS “dá um passo em frente na privatização dos cuidados primários de saúde” com a criação das unidades de saúde familiar modelo C pelo sector social ou entidades privadas, o que considera tratar-se da “antecâmara da privatização dos cuidados primários de saúde”.
PARTICIPAÇÃO DE “TODOS E DE CADA UM”
Já Cristina Torres, presidente do STAL, após saudar e manifestar a solidariedade dos trabalhadores da Administração Local das Empresas Municipais e Concessionárias para com todos os profissionais do sector da Saúde – “que nos seus locais de trabalho, todos os dias assistem à destruição do SNS” –, defendeu igualmente o reforço do investimento no SNS para o tornar “mais forte” e de forma a manter-se como o garante do acesso público à saúde a toda a população.
A dirigente do STAL apelou ainda “à luta de todos e de cada um” em defesa deste direito consagrado pela Revolução de 25 de Abril de 1974, “rematando” a sua intervenção com a força e a ironia do poema “Privatize-se tudo!”, de José Saramago.