LUTA PELAS PROFISSÕES DE DESGASTE RÁPIDO
O STAL exige ao Governo resposta positiva e urgente às reivindicações do abaixo-assinado que reuniu 25 mil assinaturas de trabalhadores das autarquias e do sector empresarial, fundamentais na prestação de serviços públicos essenciais às populações.
O governo PSD/CDS anunciou que aguarda, para breve, o relatório do Grupo de Trabalho sobre as Profissões de Desgaste Rápido. Aliás, já o anterior governo do PS também tinha criado um grupo de trabalho semelhante, mas cujos resultados se desconhece.
O que se conhece sobejamente bem são as dificuldades dos trabalhadores da Administração Local e das empresas municipais e concessionárias, cuja natureza específica das funções que desempenham diariamente sujeita milhares a forte pressão, desgaste emocional ou físico, ou a condições de trabalho adversas, factores que contribuem para deteriorar a sua saúde de uma forma mais rápida.
O STAL reafirma a urgência destas profissões serem reconhecidas como de desgaste rápido, com a respectiva valorização e a justa compensação dos trabalhadores que as desempenham.
A contribuir igualmente para este quadro está o facto de milhares de trabalhadores – nomeadamente dos serviços de água e saneamento – permanecerem às ordens do empregador, podendo ser chamados a qualquer momento para resolver situações de urgência. E sem beneficiarem de qualquer compensação pelos tempos em que esperam uma eventual ordem de serviço.
A LUTA É O CAMINHO!
O STAL promoveu duas grandes acções de luta em Lisboa, em 25 de Junho e 20 de Setembro – e que contaram com a participação de milhares de trabalhadores de todas as regiões do País –, pela valorização das profissões de maior desgaste físico, pelo suplemento de disponibilidade e piquete, bem como pela aplicação mais abrangente e a actualização anual do Suplemento de Penosidade e Insalubridade, e a consagração do factor Risco.
Sendo os trabalhadores das autarquias e do sector empresarial fundamentais na prestação de serviços públicos essenciais às populações, o STAL reafirma a urgência da valorização das suas profissões e da justa compensação pelas funções essenciais que desempenham, exigindo ao Governo resposta positiva às reivindicações que constam do abaixo-assinado que reuniu 25 mil assinaturas, entregue em Junho ao Primeiro-Ministro.
O STAL e os trabalhadores reafirmam a sua determinação em prosseguir a luta em defesa da sua valorização profissional, por mais direitos e melhores condições de vida e laborais, nomeadamente com as lutas da Frente Comum (Manifestação Nacional da Administração Pública - 25 de Outubro) e da CGTP (trabalhadores de todos os sectores - 9 de Novembro), contra o empobrecimento e por um Orçamento de Estado que responda às reivindicações dos trabalhadores.