MANIFESTAÇÃO NACIONAL EM LISBOA, DIA 25 DE OUTUBRO
A acção nacional de protesto dos trabalhadores da Administração Pública visa inverter as políticas de empobrecimento e de destruição dos Serviços Públicos, e exigir um aumento intercalar das remunerações para "repor o poder de compra perdido".
A decisão foi anunciada ao início da tarde desta sexta (dia 27), no final da cimeira de sindicatos (entre os quais o STAL) da Frente Comum, e na qual foi também apresentada a Proposta Reivindicativa Comum para 2025, que exige, entre outras medidas, aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150€ para todos os trabalhadores, já em Janeiro; 1000€ de salário mínimo; subsídio de refeição de 10,50€; correcção real da Tabela Remuneratória Única; e contagem de todo o tempo de serviço e reposição das carreiras, índices remuneratórios e dos seus conteúdos profissionais específicos.
Sublinhando que a Frente Comum está "disposta, como sempre esteve, a negociar" com o Governo, o seu coordenador, Sebastião Santana, frisa que os trabalhadores da Administração Pública não abdicam de “desenvolver processos de luta” para parar o empobrecimento, aumentar salários, valorizar carreiras e reforçar os Serviços Públicos.
"Está nas mãos do Governo suspender a realização desta manifestação ou, pelo contrário, ajudar a mobilizar trabalhadores para ela, assim dê ou não resposta aos problemas que identificámos", avisou Sebastião Santana, que não descarta mais acções de luta, acrescentando ainda: “caso não haja resposta, além de muitos milhares de trabalhadores em Lisboa em 25 de Outubro, o Governo vai ser confrontado com a ausência de paz social".
Ainda segundo o dirigente sindical, até esta sexta-feira, a Frente Comum não recebeu qualquer contacto do Governo, mas espera que o executivo agende as primeiras reuniões “antes da apresentação do Orçamento do Estado para 2025", cuja entrega tem como prazo-limite 10 de Outubro.