CONVÍVIO REÚNE TRABALHADORES, DIRIGENTES E CONVIDADOS DO MOVIMENTO SINDICAL
Cerca de uma centena e meia de trabalhadores e dirigentes regionais e nacionais do STAL, e convidados do movimento sindical, juntou-se esta sexta-feira (dia 23) num almoço-convívio no Jardim de Santos, em Lisboa, para comemorar o 49.º aniversário do Sindicato, que se assinala formalmente amanhã (sábado).
Na sua intervenção, Cristina Torres, presidente do STAL – o primeiro sindicato do sector da Administração Pública a ser constituído após a Revolução de 25 de Abril de 1974 –, lembrando que os trabalhadores da Administração Pública, desde 2009, perderam o equivalente a três salários mensais, e que ganham, em média, cerca de metade do salário dos seus congéneres em outros países da União Europeia, referiu que este quadro gravoso de “salários baixos e ‘sufoco’ dos Serviços Públicos resulta das políticas adoptadas pelos mesmos de sempre, desde 1976, ou seja, os sucessivos governos PSD/CDS e PS”.
Relativamente ao programa da actual coligação de direita, que remete só para 2028 um Salário Mínimo Nacional de 1000€ (valor que consta da «Proposta Reivindicativa Comum», da Frente Comum, para este ano), a presidente do STAL recorda que o documento revela bem a intenção do Governo: “manter a política dos baixos salários, trocar aumentos salariais por benefícios e isenções fiscais, nomeadamente aos jovens, oferecer ‘migalhas’ esporádicas de apoios sociais aos reformados/pensionistas; mas sem, verdadeiramente, resolver os verdadeiros problemas de trabalhadores, jovens e reformados/pensionistas, cujo poder de compra em 2023 foi inferior ao de 2021”.
Isto, enquanto os principais grupos económicos e financeiros privados lucraram 23 milhões de euros por dia em 2022; 28M€/dia em 2023; e 32,5m€/dia só neste primeiro semestre!
A LUTA CONTINUA!
Para Cristina Torres, este tempo – em que o STAL assinala mais um aniversário e dá início às comemorações das suas Bodas de Ouro (em 24 de Agosto de 2025) – “é de continuação e intensificação da luta contra o empobrecimento e as desigualdades sociais, ou não fosse este um Sindicato de Abril, nascido no seguimento da luta conta a ditadura fascista, o que mostra que é possível resistir e conquistar mais direitos e melhores condições de vida”.
Para tal, reafirma as principais reivindicações dos trabalhadores e do STAL, designadamente a urgente valorização e dignificação profissional dos trabalhadores; aumentos salariais para todos; a actualização justa e real da Tabela Remuneratória Única; a revogação do SIADAP e a sua substituição por um sistema de avaliação justo, sem quotas e equitativo; a melhoria das condições de trabalho; e o respeito e cumprimento da contratação colectiva; a aplicação correcta e abrangente do Suplemento de Penosidade e Insalubridade, bem como a actualização dos seus valores e a incorporação do factor Risco; a regulamentação do Subsídio de Piquete e Disponibilidade; a identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido na Administração Local e Empresas Municipais e Concessionárias; reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.