POR MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO, E DIGNIFICAÇÃO DAS PROFISSÕES
O STAL saúda todos os trabalhadores da ERSUC pela forte adesão à greve de 48 horas realizada na passada sexta-feira e sábado (e ao trabalho extraordinário na quinta, dia 15), apesar de todos os obstáculos com que se depararam: imposição de serviços mínimos claramente excessivos, que mais não são do que uma vergonhosa limitação do direito à greve; seguranças privados contratados pela empresa; recurso a trabalhadores com vínculos precários; e tentativas de desmobilização por parte de chefias e pela convocação individual de trabalhadores.
Apesar de todas estas tentativas de dificultar o exercício de um direito consagrado na Constituição e de procurar boicotar mais esta acção de luta, a mobilização, unidade e determinação dos trabalhadores ficaram bem patentes com o encerramento de muitos serviços essenciais em Coimbra e em Aveiro, o que diz bem do impacto desta greve, e o que é demonstrativo do profundo descontentamento dos trabalhadores face à intransigência da administração, que insiste em ignorar as suas reivindicações de melhores salários, dignificação das profissões e respeito pela contratação colectiva, e a urgência em travar a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.
Sublinhe-se que a ERSUC, do Grupo EGF/Mota-Engil (que obteve um lucro de mais de nove milhões de euros), obteve, em 2023, um resultado líquido de mais de 148 mil euros, fruto do árduo trabalho dos trabalhadores. Mas, em vez de reinvestir esse lucro na empresa e nos seus trabalhadores, a administração preferiu distribuir cerca de 1,9 milhões de euros em dividendos aos accionistas, descapitalizando assim a empresa.
O STAL assinala também a forte manifestação de solidariedade de muitos trabalhadores dos municípios das duas regiões, o que revela a consciência de classe e das dificuldades com que todos se deparam para fazer face à dura realidade de salários baixos, precariedade e falta de condições laborais e do cumprimento das regras de segurança e saúde no trabalho.
A luta continua!