EXIGIMOS SALÁRIOS QUE REPONHAM O PODER DE COMPRA!
Perante o agravamento do custo de vida, o Grupo AdP – com lucros de mais de 83 milhões de euros em 2021 – propõe uma actualização salarial de 5,1% na massa salarial, o que agrava a já difícil situação dos trabalhadores, que exigem: AUMENTO IMEDIATO DOS SALÁRIOS EM 120€ PARA TODOS E 900€ DE SALÁRIO MÍNIMO.
No dia 8 de Fevereiro – e após vários adiamentos –, o STAL e a FIEQUIMETAL reuniram-se com a Comissão Negociadora (CN) do Grupo Águas de Portugal (AdP) para retomar o processo de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) e negociar a actualização da tabela salarial para 2023, de acordo com um novo calendário de negociação:
- Primeiro, será negociada a proposta transitória de actualização salarial para 2023 no valor de 5,1% na massa salarial, autorizados pelo Ministério das Finanças. E após análise e discussão da proposta formal, as duas partes voltam a reunir-se a 22 de Fevereiro, tendo a empresa intenção de reflectir esta actualização salarial já em Março, caso haja acordo entre as partes;
- Foi ainda proposto que a revisão geral do ACT (a nossa proposta) comece a ser discutida a partir do final de Março, com calendário a definir.
A PROPOSTA DE AUMENTOS DO GRUPO ADP…
- 2% para todos os trabalhadores entre F6 (inclusive) e A5 (inclusive) – assessores/as e técnicos/as superiores C;
- 52,11€ para os trabalhadores entre M7 (inclusive) e F5 (inclusive);
- 812€ para a base da carreira dos técnicos operativos;
- 926€ para a base da carreira dos técnicos, assegurando um diferencial mínimo de 100€ para a carreira de técnico operativo.
… E A NOSSA POSIÇÃO:
O STAL/FIEQUIMETAL discorda com a actualização do salário mínimo (760€), por ter sido alterada a Tabela Salarial existente de forma unilateral, ou seja, sem ser em sede de negociação.
Os trabalhadores que se encontram nos níveis M-6 e M-7 deveriam estar a receber 764€ desde Janeiro, o valor imediatamente a seguir ao da remuneração mínima garantida, à semelhança daquilo que já acontecia em 2022.
Sobre este assunto, a CN disse ter o mesmo entendimento, mas justificou a medida com um despacho do Secretário de Estado do Tesouro a impô-la; pelo que ficou esclarecido que iremos intervir, formalmente, junto da tutela sobre esta matéria.
VALORIZAR OS TRABALHADORES E COMBATER A EXPLORAÇÃO
É cada vez mais difícil, para quem vive do seu salário e da sua reforma, fazer face às despesas mensais da sua família, com os meses cada vez mais longos para salários cada vez mais curtos.
Perante este quadro de dificuldades, o Grupo AdP apenas propõe uma ACTUALIZAÇÃO DE 5,1% DA MASSA SALARIAL, o que fica muito abaixo do que é necessário para fazer face ao agravamento do custo de vida – que se
aprofundou em 2022, em que a INFLAÇÃO FOI DE 7,8%, A QUE SE SOMA A PREVISÃO DE 5,8% PARA 2023 – e para repor o poder de compra perdido pelos trabalhadores há muito.
E este “garrote” à carteira dos trabalhadores contrasta com o crescimento de 6% dos lucros do Grupo AdP em 2021, que ascenderam aos 83,3 milhões de euros.
É inaceitável manter este caminho, que só agrava as já difíceis condições de vida dos trabalhadores. É, pois, urgente alterar a actual tabela salarial, não só em valores, mas também em regras e conteúdos; assim como a definição de carreiras e profissões.
Os trabalhadores não podem ser tratados como números ou letras. A sua dignidade tem de ser respeitada!
É urgente e imperioso valorizar quem – com o seu esforço, dedicação e profissionalismo – contribui para os milhões de lucros amealhados pelos accionistas do Grupo AdP.
A LUTA É O CAMINHO!
UNIDOS SOMOS MAIS FORTES.