RESOLUÇÃO COM REIVINDICAÇÕES ENTREGUE AO PRIMEIRO MINISTRO
O governo PSD/CDS mostra-se indisponível para responder positivamente às exigências que constam da “Proposta Reivindicativa Comum” para 2024, apresentada pela Frente Comum, que aponta soluções para resolver os problemas dos trabalhadores da Administração Pública, que têm de ser negociadas e implementadas.
No plenário de sindicatos da Frente Comum realizado esta tarde (terça-feira, 2) junto à residência oficial do Primeiro Ministro, em Lisboa, Sebastião Santana reafirmou que “os problemas dos trabalhadores da Administração Pública, bem como dos Serviços Públicos, continuam a agudizar-se, perante o silêncio do governo PSD/CDS”, que se recusa a calendarizar o início do processo negocial para implementar as soluções preconizadas pela “PRC2024”, para reverter o cenário de desvalorização de quem trabalha e a degradação da resposta às necessidades das populações.
O coordenador da Frente Comum alertou, ainda, para a anunciada “reforma” da Administração Pública, que considerou, antes, “uma tentativa de destruição da Administração Pública tal como nós a conhecemos, escancarando as portas aos privados em áreas essenciais como a Saúde, a Educação e a Segurança Social”.
Perante esta ofensiva do governo de direita da AD, Sebastião Santana apela à intensificação da luta de todos os trabalhadores, por forma a garantir “a justa valorização das carreiras e profissões, e o reforço dos Serviços Públicos, investindo os recursos que existem, como os 19 mil milhões de euros do Orçamento do Estado, na rubrica de ‘Aquisição de Serviços’, que o governo quer entregar aos privados, de mão beijada”.
Já a presidente do STAL, Cristina Torres, reafirmou que “o tempo é de unidade, de mobilização, de esclarecimento e de luta, que terá de endurecer”, para obrigar o governo a cumprir com as necessidades de quem trabalha.
Na sua intervenção, a dirigente do STAL destacou, igualmente, que os trabalhadores da Administração Local “padecem dos mesmos males que os demais da Administração Pública, como os baixos salários, o SIADAP ou a destruição das carreiras”, lembrando que os trabalhadores “levam já 20 anos a perder poder de compra, com salários manifestamente insuficientes para fazer face às despesas do dia a dia, enfrentando muitas dificuldades”.
CAMPANHA “PLANO DE EMERGÊNCIA” A DECORRER
Na Resolução aprovada no plenário e que foi entregue ao Primeiro Ministro, os sindicatos da Frente Comum exigem, entre outras medidas, o aumento intercalar dos salários para todos os trabalhadores; o reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado; a negociação urgente da valorização das carreiras e das profissões; e o fim da precariedade na Administração Pública.
Ainda no âmbito desta luta, está a decorrer a campanha “Plano de Emergência dos Trabalhadores da Administração Pública”, lançada pela Frente Comum, em forma de postal com as principais reivindicações do sector, postais que serão entregues ao Governo em Setembro.