CM MARINHA GRANDE NÃO ATRIBUI OBJECTIVOS DESDE O BIÉNIO 2017/2018
Cerca de uma centena de trabalhadores do Câmara Municipal da Marinha Grande concentraram-se esta manhã (segunda, 24) em frente aos Paços do Concelho para exigir a atribuição de objectivos e uma avaliação imparcial e transparente, considerando inaceitável que, desde o biénio 2017/2018, a autarquia não o faça, em prejuízo do seu justo direito à valorização e progressão na carreira.
No plenário, a presidente do STAL (Cristina Torres) instou o executivo camarário a encontrar uma solução favorável a todos os trabalhadores, reafirmando a necessidade de revogação do SIADAP e a sua substituição por um sistema de avaliação sem quotas, formativo, transparente, equitativo e justo.
Por seu lado, a coordenadora da Direcção Regional de Leiria do STAL (Mariana Violante) frisou que os trabalhadores não podem ser prejudicados pelo incumprimento da aplicação do disposto no diploma que regulamenta o SIADAP 3, lembrando que a avaliação de desempenho, através da atribuição de objectivos, é o único mecanismo de valorização e progressão na carreira dos trabalhadores da Administração Pública.
SOLUÇÃO FAVORÁVEL AOS TRABALHADORES
Note-se que o biénio 2015/2016 foi o último em que foram aprovados e atribuídos objectivos aos funcionários, e que desde essa data e até hoje não foi efectuada qualquer avaliação justa e transparente, optando o Município pelo “arrastamento” unilateral da nota, procedimento que passou a ser a regra, havendo ainda, em 2024, trabalhadores que desconhecem qual a pontuação que tiveram nos últimos anos e de que forma lhes foi atribuída.
No plenário público desta manhã, os trabalhadores aprovaram, por unanimidade, uma resolução em que propõem “a atribuição a todos os trabalhadores de 4 pontos por biénio, de forma a suprir as irregularidades que a CMMG tem vindo a perpetuar”, e “a fixação da data de 31 de Janeiro para aplicação e notificação de todos os trabalhadores”.
O documento foi entregue, em mão, ao presidente da autarquia, que se comprometeu “a avaliar a situação” com celeridade, tendo o STAL mostrado “total disponibilidade” para, em conjunto, “encontrar uma solução justa, imparcial e transparente, que seja favorável a todos os trabalhadores”.