TRABALHADORES EM GREVE POR MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES LABORAIS
Trabalhadores protestam contra a intransigência da administração em responder positivamente às suas reivindicações, numa acção de luta que levou ao encerramento da maioria dos sectores nas instalações de Celorico de Basto e Riba de Ave.
A greve, que regista uma adesão geral de 80% e levou ao encerramento da maioria dos serviços nas instalações de Celorico de Basto e Riba de Ave (casos da triagem, tratamento mecânico e transportes, com os restantes sectores a funcionar com serviços mínimos), arrancou à meia-noite desta sexta-feira (dia 6) e, a partir das 10h00, os trabalhadores concentraram-se à porta da Resinorte em Celorico de Basto e Riba de Ave, para exigir uma resposta imediata ao agravamento do custo de vida e de melhoria das condições de trabalho, nomeadamente o aumento geral do salário e das prestações pecuniárias; aumento do subsídio de refeição e o seu pagamento em dinheiro; direito ao subsídio de transporte; atribuição do subsídio de risco; direito à reclassificação e valorização das categorias e carreiras profissionais; fim dos contratos precários; a atribuição de diuturnidades; bem como a negociação urgente de um Acordo de Empresa.
Esta paralisação, de 24 horas,
“MIGALHAS” PARA TRABALHADORES E MILHÕES PARA ACCIONISTAS
Há muito que o STAL defende a valorização e a dignificação profissional devida a estes trabalhadores, que estão na linha da frente na prestação de serviços essenciais às populações e que, apesar de estarem sujeitos a um grande esforço e à exposição diária a elevados riscos, continuam a ter salários baixos e a quem lhes é negado o Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco.
Note-se que, em 2023, a Resinorte obteve um resultado líquido positivo de mais de 600 mil euros e optou por distribuir dividendos de 730 mil euros (o que significa uma clara e preocupante descapitalização da empresa), em vez de reinvistir em quem – com o seu esforço, dedicação e profissionalismo – contribuiu, de forma decisiva, para estes resultados.
Indiferente a esta difícil situação e às reivindicações apresentado pelo STAL, a administração avançou unilateralmente com aumentos ao nível da “esmola”, o que os trabalhadores rejeitam, exigindo, em alternativa, um aumento salarial significativo, bem como o respeito pela sua dignificação profissional, defendendo que há condições económicas e financeiras para tal, e que a taxa de rentabilidade aprovada pela ERSAR tem de reflectir-se na melhoria das condições remuneratórias dos trabalhadores.