EM LUTA POR AUMENTOS SALARIAIS E MAIS DIREITOS
Os trabalhadores da recolha de resíduos sólidos urbanos (RSU) da FCC Environment Portugal, em Marco de Canaveses, estão em greve entre os dias 13 e 15 de Julho para reivindicarem aumentos salarias e a negociação do Acordo de Empresa. Ontem e hoje, a greve dos motoristas e cantoneiros de limpeza (RSU) registou uma adesão muito elevada, estando apenas a ser assegurados os serviços mínimos, antevendo-se que o mesmo venha a suceder amanhã.
O STAL responsabiliza a administração da empresa por esta acção de luta, que resulta do profundo descontentamento e da contínua falta de respostas concretas às exigências dos trabalhadores, cujo poder de compra se tem vindo a degradar nos últimos anos – degradação que se faz sentir, de forma mais acentuada, desde 2022.
A situação actual exige medidas imediatas de valorização dos salários, dignificação das profissões e do respeito pelas funções; assim como é urgente combater a exploração, a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.
Estes trabalhadores estão na linha da frente na prestação de serviços essenciais às populações, garantindo a saúde pública e um ambiente de qualidade do espaço público.
Apesar de estarem sujeitos a um grande esforço e à exposição diária a elevados riscos, continuam a ter como salário base apenas o Salário Mínimo Nacional, alguns há mais de 20 anos, continuando a ser-lhes negada a atribuição de subsídio de insalubridade, penosidade e risco.
Exigem, por isso, o respeito e a dignificação das funções que exercem e a melhoria urgente das condições em que trabalham, o aumento dos salários, a atribuição do subsídio de insalubridade, penosidade e risco e a negociação de um Acordo de Empresa que os valorize.
Está nas “mãos" da administração da FCC Environment Portugal encetar negociações sérias e há muito reivindicadas com o STAL e os trabalhadores, que estão conscientes do impacto negativo desta paralisação, mas que é, única e exclusivamente, da responsabilidade da administração da empresa e da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, que, conhecedora desta situação gravosa para os trabalhadores, tem, ao longo dos últimos anos, ignorado os problemas denunciados, preferindo “sacudir” a responsabilidade para a empresa concessionária.