EM GREVE NOS DIAS 24, 25 E 26 DE ABRIL
Descontentes com a situação que se vive na empresa, os trabalhadores da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A. realizam uma greve de três dias para reivindicar melhores salários, a dignificação das profissões e o respeito pela contratação colectiva, assim como a urgência em travar a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.
O STAL responsabiliza a administração da ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, S.A. por esta acção de luta, que resulta do profundo descontentamento e da contínua falta de respostas concretas às exigências dos trabalhadores, cujo poder de compra se tem degradado nos últimos anos – e de forma mais acentuada desde 2022, em que se registou a maior taxa de inflação dos últimos 30 anos e uma subida brutal dos preços dos bens alimentares, do custo com a habitação e da energia – face aos baixos salários praticados na empresa, a que se soma o desinvestimento nas condições de trabalho.
A situação actual exige medidas imediatas de valorização dos salários, dignificação das profissões e do respeito pelas funções; assim como é urgente combater a exploração, a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.
Os trabalhadores são quem mais sofre com um permanente “défice financeiro” no final de cada mês, o que os coloca em situação economicamente difícil e de particular fragilidade social, pelo que estão unidos e determinados em defesa das suas propostas reivindicativas, designadamente:
– Aumento salarial de 10%, num mínimo de 100€, para todos os trabalhadores, com retroactivos a Janeiro de 2023;
– Implementação de um salário de entrada de 850€;
– A actualização do subsídio de refeição e dos diversos subsídios e suplementos;
– A fixação do período de trabalho em 7 horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias;
– O pagamento do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco;
– Fixação do trabalho nocturno entre as 20h de um dia e as 7h do sai seguinte, compensado com um acréscimo de 25% da retribuição mensal;
– A criação e valorização das carreiras, bem como a progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário;
– Melhores condições laborais e o respeito pelas normas de Segurança e Saúde nos locais de trabalho.
Está nas “mãos" da administração da ERSUC encetar negociações sérias e há muito reivindicadas com o STAL e os trabalhadores, que estão conscientes do impacto negativo desta paralisação junto das populações, mas que é, única e exclusivamente, da responsabilidade dos conselhos de administração das respectivas empresas.