BOMBEIROS PROSSEGUEM A LUTA CONTRA O NOVO ESTATUTO
Ao tomar conhecimento de que não constava entre os convidados da emissão do programa televisivo «Prós e Contras», que será hoje, segunda-feira, 28, emitido na RTP1, o STAL manifestou o seu protesto à jornalista, Fátima Campos Ferreira, que conduz a emissão, por tal clamorosa exclusão.
Sob o pretexto de que o tema do programa é a Protecção Civil, a jornalista alegou não seriam convidados sindicatos porque não pretendia que viessem a lume questões reivindicativas dos bombeiros, uma vez que o objectivo seria discutir a parte mais institucional da Protecção Civil - alterações na estrutura e funcionamento.
No contacto com a jornalista, foi ainda lembrado que o STAL emite pareceres sobre todos os diplomas relativos à Protecção Civil, Emergência e Bombeiros. Foi sublinhado que não é possível discutir seriamente a Protecção Civil, esquecendo a sua parte mais importante – os operacionais (bombeiros sapadores, municipais e operadores dos Centros Distritais de Operações de Socorro). Foi ainda referido que o STAL tem frequentemente tomado posições públicas sobre os problemas da Protecção Civil e sobre a necessidade de o País dispor de um sistema de emergência e prestação de socorro verdadeiramente eficaz ao serviço das populações.
Bombeiros em luta!
O Sindicato aproveita para recordar que os bombeiros estão neste momento envolvidos num amplo processo de luta, promovido pelo STAL e STML, contra as medidas gravosas que o Governo pretende impor ao sector, de forma prepotente e unilateral, tendo realizado uma greve, entre os dias 19 de Dezembro e 2 de Janeiro.
Em causa está a aprovação pelo Governo, sem negociação, de dois decretos-lei que regulam o Estatuto dos Bombeiros Profissionais da Administração Local e o respectivo regime de aposentação, os quais desvalorizam brutalmente as carreiras dos sapadores e dos municipais ao nível dos salários, das progressões, da aposentação e da redução do numero de chefias.
Refira-se a título de exemplo que os operadores dos CDOS vão ter redução de salários entre 20 a 25%, que nalguns casos significará menos 300 euros por mês.
Por tudo isso o STAL lamenta que o canal público de televisão pretenda com a exclusão do STAL, no referido programa, ocultar o grave retrocesso que o Governo pretende impor ao sector e apela aos bombeiros que se unam em defesa dos seus legítimos direitos.